Tarefas do dia a dia e a inovação.

A rotina diária de um profissional vem sendo alvo de estudos científicos, já que ela pode ser causadora de problemas como estresse, depressão e transtorno de ansiedade. Além disso, a rotina impede o saudável processo de inovação, capaz de criar pensamentos, produtos e soluções fundamentais para a evolução.

O encontro de novas parcerias para o trabalho e negócio pode ser muito eficaz para reascender a chama da criatividade e da inovação. Sair dos mesmos ambientes e das mesmas conversas pode ser a solução para dar um novo gás à vida cotidiana.

Os bloqueios da mente que impedem a inovação

Diante da rotina, a mente começa a ter dificuldade em perceber os problemas como eles são e de identificar uma solução. São os bloqueios mentais criados pelos medos, preconceitos, experiências negativas e emoções difusas, assim como tradições, regras, falta de apoio e comodidade, que se tornam obstáculos para uma reação.

Esses bloqueios podem ser classificados em culturais, ambientais/organizacionais, intelectuais/de comunicação, emocionais ou de percepção. O mais frequente para o ambiente de trabalho é o bloqueio ambiental ou organizacional. É resultado de condições criadas no ambiente profissional como distrações, inseguranças, opressão profissional, abusos de autoridade, dificuldade em encontrar cooperação e rotina muito estressante.

Outro bloqueio comum no ambiente profissional é o intelectual e de comunicação, causado pela inabilidade em se expressar com clareza e formular ideias a partir da ausência de informação necessária, pouco ou nenhum conhecimento sobre o assunto, foco limitado para encontrar soluções e uso inadequado das ferramentas existentes para resolver problemas.

Bloqueios como o cultural, onde há impedimentos impostos pela sociedade ou o grupo social a que se pertence, impondo formas de pensar e agir determinadas, podem se unir ao bloqueio emocional, com a valorização dos medos de correr riscos e se sentir ridículo diante das pessoas, pessimismo, envolvimento intenso com um problema e dificuldade em separar realidade da fantasia.

Como driblar a rotina

A rotina cria um ponto cego sobre o dia a dia, impedindo que o ser humano enxergue ou perceba a lateralidade dos problemas. Por ser desmotivadora, entediante e sem desafios, ela cria uma dificuldade crescente de perceber as oportunidades inesperadas, que são os combustíveis da inovação.

Além disso, ela também impede a percepção assertiva dos erros cometidos no dia a dia. O cérebro acaba se adaptando a uma imagem ou situação errada, por não haver nenhum impacto que o motive a percebê-la. O mesmo fundamento faz com que o cérebro se limite a pensar só naquilo ao que está convencionado, sendo cada vez mais difícil encontrar soluções inovadoras e criativas de pensar.

Mas a rotina não é totalmente ruim, já que ela faz o corpo exercer tarefas cotidianas sem apresentar erro, por puro condicionamento – como escovar os dentes, caminhar até o trabalho e não esquecer a hora da entrada. Até mesmo o sono começa a ser automático.

A questão é equilibrar a rotina necessária do dia a dia com atividades que lhe ajudem a transitar por outros universos, como fazer caminhos diferentes, assistir a programas que nunca viu, ler livros com outros temas além dos profissionais, incluir novos hobbies e programas de laser, e conversar com pessoas fora do nosso cotidiano e de profissões diferentes.

Os atores, por exemplo, estão o tempo todo driblando a rotina para evitar que a sequência de apresentações torne a performance sem emoção. Durante suas falas, eles incluem alguma alteração ou um detalhe diferente que faz com que fiquem atentos à emoção da interpretação. Esses detalhes podem definir se eles se manterão no marasmo ou se encontrarão um caminho diferente para suas tarefas.

Para se destacar na empresa e diante da concorrência, o profissional precisa sair do lugar-comum e do ponto cego que o mantém privado dos detalhes e do “pulo do gato” das grandes ideias. É preciso pensar fora da caixa para visualizar as possibilidades que se encontram nos detalhes.

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